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Tortura Nunca Mais. Não no Brasil.
Há tempos que manifesto minha indignação a cerca da tentativa da Folha em adquirir os registros de Dilma Rousseff da época da ditadura militar.
A quem interessa esses documentos? Só à própria Dilma.
A Folha jamais deveria se encobrir sobre o manto da liberdade de imprensa e explorar um assunto que morreu junto com a Redemocratização de nosso país. Clique e leia sobre os registros.
Agripino Maia começou com esse assunto no Senado, alegando que Dilma mentiu sob tortura na ditadura. Relembrem:
Durante a campanha eleitoral, o PSDB e a mídia tentaram se prevalecer também desse expediente para rotular Dilma de subversiva e terrorista. Inclusive a própria Folha publicou uma ficha falsa de Dilma em 2009 durante a pré-campanha, foi ridicularizada.
Clique aqui para ver também Dilma na revista Época.
Mesmo eleita Dilma não terá descanso, a Folha promete radicalizar esses 04 anos.
E Dilma sofrerá mais uma Tortura é o que diz a Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom)
“Mídia tortura Dilma mais uma vez”, diz Altercom
A Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom) reunida nesta sexta-feira (19), em São Paulo, além de tratar de interesses da entidade, decidiu divulgar uma nota oficial criticando a campanha ardilosa da grande mídia comercial em torno dos arquivos da ditadura militar sobre a presidente eleita Dilma Rousseff. A nota afirma:
“MAIS UMA VEZ, A MÍDIA HEGEMÔNICA TORTURA DILMA”
Passados 19 dias desde a vitória de Dilma Rousseff sobre Serra, por uma vantagem de 12 milhões de votos, a oposição e seu dispositivo midiático não recolheram as garras um só minuto.
Cinco dias após o revés nas urnas, o candidato derrotado estava em Biarritz levando um ‘por que no te callas’, em resposta a tentativa de armar o palanque da oposição em território francês.
O jornalismo que lhe dá apoio irrestrito não deixa por menos e cumpre escancaradamente uma agenda de terceiro turno. Dia sim, dia não, uma crise produzida e maquiada ganha as manchetes da mídia conservadora numa escalada ao mesmo tempo sôfrega e frívola.
Não escapa ao observador mais criterioso que os temas são apenas um ornamento do estandarte antecipadamente empunhado. A intenção, clara, é minar a autoridade da Presidente eleita antes mesmo de sua posse.
Agora, o dispositivo midiático da oposição reedita o “pau-de-arara” e empenha-se em dar legitimidade ‘jornalística’ a um relatório produzido pela ditadura militar sobre a militância revolucionária de Dilma Rousseff nos anos 70.
O que se promove nessa espiral é a reprodução simbólica das sessões de tortura perpetradas durante 22 dias seguidos contra uma jovem de 19 anos pelo regime de fato.
É aberrante do ponto de vista do fazer jornalístico emprestar credibilidade ao que foi transcrito por um Estado terrorista, concedendo força de prova ao que uma mulher declarou sob tortura.
Ademais, é um agravo à ética jornalística que uma mídia comercial ainda atue como aliada do extinto regime ditatorial, ao tomar seus documentos como válidos e legais.
Finalmente, constitui um escárnio em relação à história o fato de que a mesma mídia –os mesmos veículos– que se esponjou em benefícios econômicos e políticos concedidos pela ditadura nunca ter demonstrado maior interesse em apurar e divulgar os crimes cometidos pelo regime. Todavia, empenha-se acintosamente em se associar novamenta à matéria pútrida urdida sob o regime do pau-de-arara para atacar a honra uma combatente da liberdade.
O enredo dessa trama está para o bom jornalismo, assim como o rio Tietê para a preservação do meio ambiente. A aposta em curso é a de que, uma vez Lula fora da cena política, não haverá força capaz de deter o trator oposicionista, cujas rodas em poucos meses pretendem transitar por cima do cadáver político do novo governo.
A mídia progressista repudia firmemente essa campanha ardilosa e coloca-se em prontidão para denunciá-la em respeito ä vontade soberana do povo brasileiro.
São Paulo, 19 de novembro de 2010
ALTERCOM